As sacolas plásticas têm vantagens óbvias.
O plástico foi um dos responsáveis por fazer a humanidade
evoluir tanto nos últimos 60 anos. A lista de benefícios parece não ter fim:
ele é seguro, inerte, não mofa, não contamina a água, é bom isolante térmico e
elétrico, é flexível. Tornou-se indispensável nas embalagens de alimentos,
ajudando a conservá-los, evitando a transmissão de doenças e a proliferação de
insetos e roedores.
Olhe à sua volta e tente imaginar como seria a sua vida se o
plástico não existisse. Ou melhor, nem tente: seria difícil até saber por onde
começar. Também não é à toa que as sacolinhas plásticas se tornaram padrão nos
supermercados do mundo inteiro. Elas são práticas, resistentes, leves e
higiênicas. Uma pesquisa do Ibope mostrou que 100% das sacolinhas são
utilizadas mais de uma vez. Sua reutilização como sacos de lixo é fundamental
para a saúde pública na periferia das grandes cidades. Por falar em lixo, as
sacolas plásticas demoram, sim, para se decompor. A solução é a sociedade, os
governos e a indústria se unirem para promover o consumo consciente, a
reutilização e a reciclagem – sim, porque o plástico é uma das poucas matérias primas
100% recicláveis e pode ser reaproveitado por várias vezes seguidas. Além
disso, a reciclagem energética do plástico que vai para o lixo produz uma
grande quantidade de calor – o equivalente à gerada pela queima de óleo diesel.
Graças ao plástico, o lixo produzido por 180.000 pessoas é
suficiente para abastecer de energia uma cidade de 56.000 habitantes. Em outras
palavras, quase um terço da população mundial poderia viver apenas com a
energia gerada dessa maneira. Não é à toa que só o Japão já tem 249 usinas de
reciclagem energética do plástico e os Estados Unidos têm 98. Para combater o
uso indiscriminado e o desperdício de sacolas plásticas, a indústria e
entidades do setor de plásticos (Plastivida, Instituto Nacional do Plástico e
Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis) estão fazendo sua
parte. Criaram, em parceria com a Abras (Associação Brasileira de
Supermercados), o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas
Plásticas, que certifica as sacolinhas mais resistentes. Assim, evita-se a
necessidade de usar duas ou mais sacolinhas de cada vez ou de usar cada uma
delas para carregar poucos produtos. Exija sacolas com o selo desse programa no
supermercado que você frequenta. Não há dúvida de que o mundo não pode viver
sem o plástico.
Então, vamos discutir o assunto de forma equilibrada, para encontrar as soluções ambientalmente mais consistentes. E vamos promover a redução do uso, a reutilização e a reciclagem (para saber como, veja as dicas em www.sacolinhasplasticas.com.br). Defender o uso consciente de sacolinhas plásticas faz todo o sentido. Já quem usa mal, é impossível a gente defender.